A Academia Brasileira de Ciências (ABC) tem 107 anos. Atualmente, pela primeira vez, uma mulher preside a instituição. Dos 579 membros titulares, 115 são mulheres, ou menos de 20% do total. Por esse exemplo pontual é possível perceber o desafio que trilha uma mulher ao decidir ser cientista. “É cultural e não uma regalia brasileira”, afirma Helena Nader, formada em ciências biomédicas e presidente da ABC. “É uma realidade que acontece em muitos países.”
Nader comenta que a disparidade entre gêneros acontece em algumas áreas, não em outras. “Nas engenharias, nas exatas, os homens ainda são predominantes. Nas ciências da vida, medicina, biomédica, está meio a meio, em algumas até há mais mulheres. E nas ciências humanas ou sociais é paritário, ou há um pouco mais mulheres”, afirma. “O que a gente tem que melhorar é ter mais mulheres na física, nas engenharias, na matemática, assim como ter mais homens nas ciências humanas e sociais. Porque a diversidade é importante em todas as áreas.”
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